Ponte Duarte Pacheco

A 18 de Setembro de 1941 foi inaugurada pelo Presidente da Républica General António Carmona. Assistiu à cerimónia, entre outros, o Eng.º Duarte Pacheco, ministro das obras públicas e comunicações, que viria a dar nome à ponte. A obra foi incluída no programa das comemorações centenárias da independência de Portugal.
Muitos trabalhadores das freguesias de Alpendorada e Matos, Várzea do Douro e Torrão deram corpo a uma das pontes mais bonitas de Portugal. A pedra vinha, naturalmente, trabalhada das nossas pedreiras.


"A Ponte de Entre-os-Rios, sobre o rio Tâmega, andou cerca de 40 anos, em perspetiva, até que apareceram em 1938, os primeiros estudos do engenheiro João Alberto Barbosa Carmona, ilustre chefe de divisão de estradas.
A empreitada, desta importante ponte em Portugal, ficou a cargo do engenheiro Jorge Bastin e do construtor civil Manuel Gonçalves Costa.
A base de licitação foi de cinco mil e cem contos, e tinha ainda um custo de 900 contos para construção das estradas de acesso, com 700 metros de comprimento.
A ponte servia para fazer a ligação ao Porto, pela marginal, e dar seguimento até à Régua.
É uma ponte em pedra de granito, que ficou a desafiar o tempo. A pedra em cantaria torna-a do ponto de vista arquitetónico de maior valor artístico, uma obra de arte diferente do ferro ou cimento. E de grande valor turístico para a localidade.
Havia a perspetiva de que as fundações da ponte, pudessem estar concluídas em 1940, por altura dos "Centenários", efectuar-se a inauguração.
As fundações, foram construídas sobre caixões, em ar comprimido, sistema pela primeira vez utilizado em Portugal, o que era um risco para os trabalhadores.
Na ponte chegaram a trabalhar 500 trabalhadores, todos portugueses, com grande rigor de execução e técnica. O que era uma prova da competência dos nossos técnicos, empreiteiros e operários portugueses.
Em novembro de 1938, ficou terminado o pilar mais profundo, com 21 metros abaixo da linha da água do Tâmega."

Cf. FERREIRA, José F. Coelho – Anais de Penafiel II. (1926-1950), Livrofiel, 2015. p.372.

Na ponte chegaram a trabalhar 500 trabalhadores, todos portugueses, com grande rigor de execução e técnica. O que era uma prova da competência dos nossos técnicos, empreiteiros e operários portugueses.

FERREIRA, José F. Coelho