Campa medieval de granito, provávelmente de um cavaleiro templário, com uma espada e uma espécie de punhal, na lápide horizontal.
Imóvel de Interesse Concelhio, por decreto 28/82 de 26-2-1982.

O túmulo apresenta uma estela granítica, na vertical. Na face anterior, é visível uma cruz templária, assim como relevos, nos topos laterais que poderiam corresponder a uma espada de cada lado.

Ao longo dos tempos, esta escultura despertou curiosidade de vários olhares. Camilo Castelo Branco, através de um manuscrito, apresenta-nos o roteiro de um viajante, no Minho, em 1785.
"De tarde fui a lama. No caminho junto a um cruzeiro, que fica ao sair do terreiro do convento, se vê uma sepultura antiga, em cuja campa está esculpida uma espada e na cabeceira uma cruz que me pareceu de Avis."

Junto ao monumento ainda hoje se encontra o cruzeiro, com a inscrição da data de 1669.

José Augusto Vieira diz também, em O Minho Pitoresco, vol II, 1887:
"Entre o convento de Alpendorada e a antiga capella de S. Sebastião, que no caminho se encontra, existe uma sepultura que parece de algum cavaleiro templário, se não é porventura de epocha mais affastada. No lugar da cabeça nota-se uma espécie de crus de malta, a que o povo chama postas de pescada, dizendo na sua lenda, que o diabo as estava comendo quando um santo passou, e por isso ficaram assim gravadas na sepultura."

Referências baseadas no livro Alpendorada e Matos - Península de História, pág. 75 a 77, de João Costa, natural de Alpendorada, que por sua vez elenca outros autores.